Tietê

Longa-metragem, Ficção, Drama Romântico, em desenvolvimento

Em plena rodoviária do Tietê, a triste despedida de Lourival e Juliane, que iria durar no máximo quinze minutos, se estende por horas a fio.

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Sinopse

Depois de anos de relacionamento, as vidas de Lourival e Juliane vão seguir caminhos distintos. Ele, há anos trabalhando como porteiro em São Paulo, finalmente consegue realizar seu sonho de voltar para Juazeiro do Norte, onde nasceu, para abrir seu próprio negócio. Ela, por sua vez, decide ficar. Sabe que é em São Paulo que está seu futuro. Os dois, quase calados, chegam à Rodoviária do Tietê. São 15h45 e a passagem de Lourival está comprada para às 16h. Eles se beijam, sem saber quando se verão novamente. Mas, por uma série de imprevistos, o ônibus não sai. A despedida de quinze minutos agora irá várias horas, obrigando-os a repensar, de uma vez por todas, se aquele é mesmo o ponto final de suas histórias.

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Visão Artística

Mesmo tendo como base um gênero já ultra-sedimentado na história do cinema (o drama romântico), Tietê procura ser uma alternativa aos romances canônicos. Sem abrir mão da identificação com o espectador, o filme investe em diálogos e situações realistas, se opondo às cenas idealizadas características do gênero. Se nos filmes românticos tradicionais os protagonistas costumam ser brancos e de classe alta, aqui pretendemos abordar outra classe e outra realidade, em geral retratadas apenas quando a obra tem um caráter assumidamente "social". Em termos de estrutura e de alinhamento com o gênero, o filme se aproxima dos dois primeiros filmes da “Trilogia do Antes” (Antes do Amanhecer e Antes do Pôr-do-Sol) do diretor Richard Linklater. Através de um enredo e de uma forma quase minimalistas, Tietê pretende buscar, apostando nos diálogos e no trabalho com os atores, a verdade daquele relacionamento e dos sentimentos envolvidos nele.